O vice-governador Carlos Almeida Filho (sem partido), investigado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento em um esquema fraudulento montado para compras de respiradores superfaturados, tentou esboçar, nesta quarta-feira, 28, tímida defesa sobre as acusações que pesam contra ele.

Em entrevista convocada para esta quarta-feira, 28, na qual não foi permitida a participação de jornalistas, e que, por bem pouco, não terminou em pancadaria, Carlos Almeida limitou-se, timidamente, articular alguns eventos, aqui e acolá, sobre a de sua breve trajetória de defensor público, dedicada, segundo ele, em favor da sociedade e contra a corrupção.

“A emenda saiu pior que o soneto”, essa é que é a verdade.

De posse de uma meia dúzia de folhas de papel ofício A4, onde rabiscou algumas anotações, Calos Almeida disse que em nenhum momento determinou à qualquer pessoa, servidor público ou não, que atuasse, indicando ou direcionando a compra de interesse da saúde.

Carlos Almeida disse, ainda, que em nenhum momento determinou compras junto a qualquer fornecedor, à exemplo da empresa Sonoar que, sem licitação, entregou à Secretaria de Saúde (Susam) 28 respiradores superfaturados em 113%.

Ao contrário das declarações do vice-governador, a Polícia Federal, segundo reportagem do Jornal Nacional, edição de segunda-feira, 19, afirma que Carlos Almeida exercia forte influência e ingerência na Susam.

Quanto à sala do edifício Fórum Businesss Center – a tumultuada coletiva de hoje foi na sala de conferência do Edifício Cristal Tower -, usada para encontros fortuitos, Carlos Ameida nada falou sobre a reunião nela realizada com a deputada Alessandra Campelo.

A sala, segundo ele, é usada como do escritório do professor Renam – seu advogado e co-oridentador do curso de doutoramento.

No dia 18 de maio, ele disse que com a sua equipe de trabalho esteve na sala de forma publica e transparente onde rascunhou um projeto de lei sobre Moradia.

Ao término da leitura, Carlos Almeida levantou-se e deu às costas para a imprensa.

O protesto foi imediato, mas sem nenhum resultado prático.

Rosiene Carvalho, repórter do UOL, insistiu em questionar o vice-governador, foi impedida pelo serviço de segurança, integrada por PMs da Casa Militar.

A sargento PM Michelle Lobo agiu com exacerbado autoritarismo contra a repórter.

Em nota, o governador diz que a policial foi afastada de suas funções.

Confira a Nota

O Governo do Amazonas, por meio da Casa Militar, determinou o afastamento da sargento da Polícia Militar, Michele Welche Silva Lobo, que integra a equipe de segurança do vice-governador Carlos Almeida, e que se envolveu em agressão a uma jornalista durante encontro de Almeida com profissionais de imprensa, nesta quarta-feira (28/10).

A determinação é para que seja aberto processo administrativo para a devida apuração dos fatos e adoção de medidas cabíveis. O Governo do Amazonas ressalta que preza pela liberdade de imprensa e a correta postura dos seus servidores.

Nota de repudio agressao a 4 jornalistas (1)

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